A minha infância foi povoada de histórias, umas mais fantásticas, outras menos. O imaginário das pessoas era rico em histórias de tesouros escondidos, de mouras encantadas, de lobisomens, de bruxas, das sextas-feiras com noites de Lua Cheia, de histórias da boa hora e da má hora,...
Também se falava de castelos encantados e de quem lá ia que nunca mais tornava. E é claro que também havia os labirintos. Quem lá entrava, perdia-se e era uma aventura encontrar a saída.
A história do Polegarzinho apareceu mais tarde, que como sabem, para marcar o caminho na floresta deixou cair os miolos do pão que tinha guardado do pequeno-almoço. Mas, os pássaros comeram os miolos e o Polegarzinho e os seus irmãos ficaram perdidos na floresta,... E não conto mais.
As histórias de labirintos aparecem mais tarde, com o estudo da História Universal. As mitologias grega e romana são ricas em histórias inverosímeis. Construiram um edifício complicadíssimo de acontecimentos e de deuses que muitas vezes só os especialistas conseguem decifrar.
Na mitologia grega, Minos, rei de Creta, filho de Zeus e de Europa (portanto um semi-deus), encomendou a Dédalo a construção do Labirinto, onde encerrou o monstro Minotauro, com corpo de homem e cabeça de touro. Este monstro alimentava-se de jovens (7 rapazes e 7 raparigas) que lhe eram anualmente oferecidos, por Minos, em sacrifício. É aqui que entra em cena Teseu, herói grego, que consegue entrar no labirinto, integrado no grupo dos sacrificados. Combate o Minotauro, mata-o e salva os jovens.
Mas como é que ele conseguiu sair do Labirinto?
Minos tinha uma filha chamada Ariadne, que, ao ver Teseu, se apaixona por ele, e, decide ajudá-lo, ensinada por Dédalo, o construtor do Labirinto. Ariadne dá a Teseu um rolo de lã que ele prende à entrada do labirinto e que vai desenrolando até encontrar o monstro e matá-lo. Para sair, basta seguir o fio e encontrar a saída. Quando se fala de labirintos é conhecida a expressão O Fio de Ariadne, como a chave da saída.
É claro que a história não acaba aqui. Minos não gostou que Dédalo, o arquitecto, tivesse ensinado a filha, que por sua vez ensinou Teseu a sair do labirinto e encerrou-o a ele e ao seu filho Ícaro no labirinto.
E agora começa outra história que acaba com a morte de Ícaro afogado no mar Egeu, quando as suas asas de cera se derreteram por se ter aproximado demasiado do sol. A ambição desmedida também tem os seus castigos.
É claro que encontrar o caminho de saída de um labirinto pode não ser uma tarefa fácil.
O desafio que vos proponho é exactamente encontrar o caminho de saída do labirinto, a partir da sala central, assinalada com a letra C.
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